O dólar subiu forte em relação ao real nesta sexta-feira (10), pelo segundo dia seguido. No mercado interbancário, o dólar comercial avançou 1 35%, para R$ 1,952. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista fechou cotado a R$ 1,951, em alta de 1,30%.
A pressão sobre a moeda norte-americana continua relacionada ao nervosismo dos mercados globais causado pelas incertezas sobre os problemas de crédito em instituições financeiras decorrentes do contágio da crise de crédito imobiliário de alto risco nos EUA.
Nesta madrugada (horário de Brasília), o Banco do Japão (BoJ) injetou 1 trilhão de ienes (US$ 8,39 bilhões) no mercado, depois que a taxa de empréstimos interbancários de um dia superou a meta do BoJ de 0,50% ao ano, para operar entre 0,54% e 0,55%. A medida seguiu decisão semelhante do Banco Central Europeu – que destinou mais de US$ 130 bilhões a seus mercados ontem – e do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que injetou US$ 24 bilhões em seu sistema bancário nessa quinta-feira. oje, o Fed injetou liquidez no sistema por três vezes, no total de US$ 38 bilhões.
Leilão
O Banco Central aceitou poucas propostas no leilão de compra de dólar esta tarde, no entanto, após a atuação as cotações aceleraram as altas exibidas.
Na operação, o BC pagou taxa de corte de R$ 1,9445. No leilão, o BC teria aceitado apenas quatro propostas, de quatro bancos.
