O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,61%, negociado a R$ 1,642 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,60% e foi cotada a R$ 1,652 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em queda de 0,65%, a R$ 1,6408.

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Ontem, mais um dos membros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) sinalizou que está perto o começo do fim das medidas de injeção de liquidez adotadas para combater a crise deflagrada pelo subprime nos EUA. Desta vez, quem falou foi o presidente do Fed de Dallas, Richard Fisher, em entrevista ontem à noite. Este fator ainda reverbera nos negócios com o dólar encontrando sustentação na relação com outras moedas fortes, como o iene e o euro. Porém, a alta não é generalizada e, no Brasil, o dólar começa o dia em queda ante o real.

Os contratos futuros de abril vencem na próxima sexta-feira e serão liquidados pela ptax de amanhã – a taxa de câmbio calculada pelo Banco Central (BC). O movimento de rolagem de posições e os interesses envolvidos na liquidação dos ativos tende a influenciar na formação das cotações.

Em sentido contrário deve pesar o nível já muito baixo das cotações e a percepção de que, diante de um dólar inferior a R$ 1,65, o Banco Central (BC) tende a ser mais agressivo em suas intervenções por meio de leilões. Ontem, o Diário Oficial da União oficializou a cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em empréstimos externos com prazos entre 90 e 360 dias. Porém, esse era uma medida cambial já aguardada e antecipada pelos operadores.

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No início da tarde de ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, comentou a mudança. Ele afirmou que a medida busca conter a valorização do real e ressaltou sua importância no sentido de conter o crédito, ajudando na administração da política monetária. Ao mesmo tempo, Mantega afirmou que não está no radar a possibilidade de frear o Investimento Estrangeiro Direto (IED). Embora não tenha descartado uma eventual cobrança de IOF em operações de empréstimo externo com prazos superiores a 360 dias, ele transmitiu ao mercado a impressão de que novas medidas cambiais não devem surgir no curto prazo.