O dólar abriu em forte queda, cotado a R$ 1,8588 (-0,92%) no pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e negociado a R$ 1,863 (-0,75%) no mercado interbancário de câmbio.
Na Europa, os mercados reagem com euforia à decisão agressiva do Federal Reserve (Fed, banco central americano), de cortar a taxa básica de juro dos EUA em 0,5 ponto porcentual, tomada ontem depois que as bolsas já tinham fechado os pregões. E esta manhã, os índices futuros do mercado acionário norte-americano mantêm o otimismo e operam no positivo. O mercado doméstico de câmbio é influenciado por esse clima e acelera a queda do dólar, depois de já ter recuado na terça 2,2%.
Além da decisão dos juros nos EUA, o recuo das cotações do dólar no Brasil se dá pelas expectativas de ingresso de recursos. Do início de setembro até ontem, nenhuma captação privada externa tinha sido confirmada. Depois de terem visto entrar US$ 550 milhões por meio desse tipo de operação durante agosto, no ápice da crise externa, os especialistas afirmavam que essa parada era provocada mais pela expectativa de queda do juro dos EUA do que por falta de oportunidade oferecida pelo mercado. Afinal, o recuo da taxa norte-americana barateia consideravelmente os recursos.