Após uma semana turbulenta, o dólar fechou em queda pelo segundo dia consecutivo e encerrou cotado a R$ 3,969 (queda de 1,90%) nesta sexta-feira, 25. A manhã foi repleta de leilões do Banco Central e do Tesouro Nacional, que acalmaram os ânimos dos investidores.
O Banco Central vendeu US$ 2 bilhões em dois leilões extraordinários de swap cambial e também ofertou US$ 1 bilhão em empréstimos de linha (venda com recompra programada) pela manhã, além da operação habitual de rolagem do vencimento de swap. A taxa Ptax que é calculada pelo Banco Central e serve como uma referência para o mercado de câmbio fechou hoje em queda de 5,89%, aos R$ 3,9479.
Já o Tesouro Nacional iniciou hoje os leilões diários de venda e compra de NTNFs em seis vencimentos, entre 2017 e 2013, que vão acontecer até 2 de outubro. Nessa operação, foram vendidos 35 mil títulos para 1/1/2025 e recomprados 350 mil títulos para o mesmo vencimento. A operação conjunta do BC e do Tesouro arrefeceu a alta das taxas futuras, que se afastaram das máximas do dia.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reforçou a sinalização ao mercado da atuação do BC contra a escalada do dólar. Na noite de quintafeira, 24, o ministro afirmou que a venda das reservas internacionais é uma “possibilidade”, mas quem decide sobre a questão é o
BC.
No sentido contrário, pesaram dados da terceira leitura do Produto Interno Bruto, que cresceu à taxa anualizada de 3,9% no segundo trimestre, acima do previsto por analistas. O dado reforça a hipótese do aumento da taxa de juros no país entre zero e 0,25% ao ano desde 2008 ainda este ano.
Também na noite de ontem, a presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Janet Yellen, afirmou que o reajuste que aumentaria a rentabilidade de títulos americanos, considerados investimentos mais seguros depende das condições da economia norte-americana.