O dólar fechou ontem, penúltimo dia de negócios do ano, em baixa de 0,56%, cotado a R$ 3,54 para venda e R$ 3,535 para compra. A venda de moeda por exportadores durante a manhã e a intervenção do Banco Central no mercado durante a tarde garantiram a queda em um dia de poucos negócios. Na semana, entretanto, a moeda acumulou alta de 1,46%. O risco Brasil permanece em alta de 0,35% a 1.426 pontos.
Os poucos operadores que ainda estão no mercado receberam bem o discurso do futuro ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho, que reafirmou os compromissos fiscal e monetário durante a apresentação do relatório da equipe de transição. Entretanto, com o mercado praticamente parado, não houve impacto sobre a cotação.
“Como não tinha mercado, não deu nem para assimilar o discurso. Só vamos saber agora no dia 2”, afirmou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação.
A manhã de ontem foi dominada pelas vendas de dólares por exportadores, que fecharam as contas do ano. O BC também recolheu do mercado R$ 4,5 bilhões usando títulos públicos que vencem em 22 de janeiro, reduzindo o capital disponível para compra de dólar.
Além disso, a pressão sobre a Ptax – mediana calculada pelo BC com base no volume de negócios – vista anteontem não se repetiu ontem. A Ptax do último dia útil do mês vale para determinar os ganhos com os contratos futuros na BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros).
Embora o mercado opere na segunda-feira, a maioria dos investidores e operadores devem emendar o fim de semana com o feriado de Ano Novo, quarta-feira. E embora a terça-feira, 31, seja um dia útil, os negócios serão restritos e a Ptax será a mesma do dia 30.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou o pregão da sexta-feira em queda de 0,73%, movimento de R$ 217 milhões com 11.234 pontos.
