Economia

Dólar cai antes de leilão de linha e com dados chineses apoiando apetite ao risco

O dólar opera em baixa nesta segunda-feira, 16, com investidores na expectativa pelo segundo leilão de linha de US$ 1,65 bilhão, das 10h20 às 10h25, que complementará a rolagem do vencimento de linha de US$ 3,3 bilhões de 3 de janeiro. Na sexta-feira, 13, o BC já vendeu lote equivalente nessa rolagem. Com o recuo do dólar ante o real, os juros futuros passaram a rondar a estabilidade, após abertura com viés de alta.

Um operador disse que os números de produção industrial e de vendas no varejo da China superaram as expectativas e ajudam a apoiar o apetite por ativos de risco. O Índice DXY caía 0,19%, a 96.987 pontos às 9h25 em meio à alta das bolsas internacionais e do petróleo e de metais básicos, como o cobre. Contudo, a moeda americana operava sem direção única frente divisas emergentes ligadas a commodities.

Em relação ao pacto sino-americano, a percepção entre os analistas financeiros é de que, apesar do acerto fase 1 anunciado na sexta-feira, faltam detalhes sobre os próximos passos das negociações, a “fase 2” do acerto. Ainda é um acordo comercial “parcial” e a guerra comercial não acabou e vai prosseguir em 2020, afirmam os especialistas.

Nesta semana que antecede os feriados de Natal e Ano Novo, o investidor está à espera da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nesta terça-feira, do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), na quinta-feira, e do IPCA-15, na sexta. Além disso, estão previstos os dados de fluxo cambial, amanhã, e do Setor Externo, na sexta-feira.

Às 9h31, o dólar à vista caía 0,54%, a R$ 4,0855. O dólar para janeiro de 2020 recuava 0,56%, a R$ 4,0870.

Mais cedo, na pesquisa Focus, divulgada pelo Banco Central, os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA para este ano, de alta de 3,84% para 3,86%.

Já a projeção mediana para o IPCA de 2019 atualizada com base nos últimos cinco dias úteis foi de 3,86% para 3,92%. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2019 está em 4,0%. No caso de 2020, está em 3,5% e, para 2021, em 3,4%.

Os economistas alteraram a projeção para a balança comercial em 2019, de superávit comercial de US$ 43,60 bilhões para US$ 43,00 bilhões. No caso da conta corrente, a previsão contida no Focus para 2019 foi de déficit de US$ 44,97 bilhões para US$ 47,50 bilhões, ante US$ 35,00 bilhões de um mês antes. Para 2020, a projeção de rombo foi de US$ 47,50 bilhões para US$ 51,00 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 38,00 bilhões.

O BC projeta déficit em conta de US$ 36,3 bilhões em 2019. Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, no entanto, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário nos próximos anos.

Além disso, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 1,69% em dezembro, após ter aumentado 0,19% em novembro.

Também o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou a 0,87% na segunda quadrissemana de dezembro, 0,13 ponto porcentual acima da taxa registrada na divulgação anterior, quando atingiu 0,74%.

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