O mercado de câmbio se mantém vendedor nos negócios desta tarde, dando continuidade ao movimento predominante no período da manhã. Às 15h10m, a moeda americana era negociada por R$ 3,865 na compra e R$ 3,875 na venda, com baixa de 0,89%. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar para entrega em 1º de novembro, o mais negociado, está em R$ 3,822, com recuo de 0,62%.
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter inalterada a taxa básica de juros (em 21% ao ano) ficou dentro do esperado pelo mercado e, por isso, colaborou para manter o clima mais ameno no mercado e o dólar em baixa. Na tentativa de conter a pressão inflacionária, o Copom promoveu na semana passada uma reunião extraordinária, na qual elevou a taxa Selic de 18% para 21%.
Mesmo com a aceleração da inflação medida pelo IGP-M e pelo IGP-10, calculados pela Fundação Getúlio Vargas, o mercado manteve a aposta na manutenção dos juros, com a expectativa de acomodação do dólar. O cenário político não provoca volatilidade nos negócios hoje. As atenções estão concentradas nas declarações do petista Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas, e de membros de sua equipe de campanha. Enquanto aguardam as eleições de domingo, os investidores especulam em torno de nomes de um eventual governo do PT.
Outro fator importante na determinação da queda do dólar é o fim da pressão em torno da dívida pública de US$ 1,1 bilhão que venceu hoje. Ontem os investidores puxaram as cotações para inflar a remuneração dos títulos resgatados nesta quarta e hoje se desfazem dos lotes comprados. Em contrapartida, empresas com dívidas no exterior continuam ávidas por dólares mais baratos para honrar seus compromissos.
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