Os mercados europeu, norte-americano e brasileiro tiveram um alívio nas tensões nesta sexta-feira (17) com a decisão do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), pela manhã, de fazer um afrouxamento monetário voltado às instituições financeiras. Por isso, o dólar anulou hoje a alta registrada ontem em relação ao real.

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O dólar comercial, negociado no mercado interbancário, encerrou o dia em baixa de 3,20%, a R$ 2,025. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o dólar negociado à vista recuou 3,30% cotado a R$ 2,024. Em agosto, o pronto acumula alta de 7,60% e, no ano, a queda ante o real é de 5,20%. Mesmo com o recuo do dólar hoje, o BC não realizou leilão de compra da moeda, pelo quarto dia seguido.

O Fed cortou em 0,50 ponto porcentual, para 5,75% ao ano, a taxa de desconto (equivalente à taxa de redesconto brasileira), e não a taxa Fed funds (equivalente à taxa básica de juros da economia real). A taxa de desconto pode ser usada em casos extremos por bancos para pegarem empréstimos junto ao Fed caso não consigam captar recursos com outros bancos. O Fed também estendeu seus termos de financiamento para 30 dias, do habitual empréstimo overnight (de um dia).

Ontem, o dólar pronto subiu 3,20% reagindo o pânico nos mercados por causa do aparente contágio da crise no setor imobiliário norte-americano sobre as operações de crédito comercial e a economia real em vários países. A reunião do Fed hoje foi comentada nas mesas de negociação ontem à tarde e favoreceu a devolução dos exageros nas Bolsas ainda ontem. Mas o dólar não teve tempo de reagir, o que ocorreu hoje com a confirmação da reunião e decisão pelo corte de juro para as operações entre o Fed e as instituições financeiras.

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