Dólar acumula alta de 5% na semana

O dólar fechou hoje em alta de 0,25%, cotado a R$ 3,16 para venda e R$ 3,155 para compra, encerrando a semana 5% mais caro. O risco-país brasileiro subiu 0,7% e opera a 1.720 pontos. Sem notícias na frente doméstica, a alta do dólar foi alimentada nos últimos dias pelos temores de uma intervenção militar norte-americana no Iraque. As tensões culminaram ontem com um ataque aéreo a alvos militares de Saddam Hussein e refletiram imediatamente sobre os preços do petróleo, que hoje subiram 2,2% e o barril foi cotado a US$ 29,62 em Nova York.

Os investidores temem que um ataque a Bagdá provoque um desequilíbrio na oferta do produto, do qual o Iraque é um dos maiores exportadores, e empurre a economia mundial para uma recessão. “Sexta-feira, com iminência de guerra, ninguém quer ficar descoberto”, afirmou Mario Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.

A expectativa é que, mesmo que não haja novos ataques, a situação continue tensa no mercado pelo menos até a próxima quarta-feira, dia 11, data do primeiro aniversário dos atentados terroristas contra os EUA. O presidente norte-americano, George W. Bush, ainda busca, entretanto, o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) à intervenção, já que seu único aliado até agora é o premier britânico Tony Blair.

No Brasil, o Banco Central tem rolado com sucesso uma dívida de quase US$ 2 bilhões que vence na quarta-feira. Até agora, já foram rolados 52% do total. Hoje também o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou formalmente o acordo com o Brasil pelo qual o país receberá US$ 30 bilhões até o fim de 2003, liberando a primeira parcela do empréstimo, de US$ 3 bilhões.

Além disso, o BC também interveio no mercado vendendo dólares à vista mais de uma vez durante a manhã – a atuação foi confirmada mas o montante não foi revelado pelo BC – e vendeu outros US$ 15,8 milhões em um leilão de linha à exportação.

O mercado aguarda ainda novas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais de outubro. Hoje, circularam rumores de que uma pesquisa realizada pelo Ibope no Estado de Minas Gerais mostraria o avanço de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Serra (PSDB) e a queda de Ciro Gomes (PPS). (Correio Web/FolhaNews)

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