A taxa de câmbio abriu a semana em baixa no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O primeiro contrato de negociação à vista fechado esta manhã teve o dólar cotado a R$ 1 865, recuo de 0,16% em relação ao final de sexta-feira.

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A queda brusca que a cotação do dólar experimentou após o banco central americano (Fed) reduzir as taxas de juros norte-americanas em 0,5 ponto porcentual, na terça-feira passada criou expectativas de que o Banco Central brasileiro retomasse os leilões de compra de moeda no mercado à vista. Isso ainda não ocorreu, mas o BC está retomando os leilões de rolagem dos contratos de swap cambial reverso (operação que equivale à compra de dólares no mercado futuro), que deixou de fazer no ápice da crise.

Hoje a autoridade monetária fará pesquisa de demanda junto ao mercado financeiro para aferir condições de mercado para realização do leilão, amanhã. A operação visa a rolagem dos contratos que vencem em 1º de outubro próximo, que, de acordo com informações do site do Banco Central, somam US$ 2,19 bilhões. A pesquisa será feita a partir das 17 horas pelo Departamento de Operações das Reservas Internacionais (Depin). As características da oferta serão definidas levando-se em consideração o resultado da pesquisa de demanda e serão informadas por meio de comunicado hoje a partir das 18h30.

A expectativa é de que os investidores se interessem pela rolagem. Na sexta-feira, o dólar encerrou o pregão cotado a R$ 1 868 e os sinais externos do início desta manhã são de mais um dia positivo, com perspectiva de queda do valor da moeda norte-americana ante o real. Na Europa, as bolsas não encontram direção única. Frankfurt mostrava queda, Paris oscilava em torno da estabilidade e Londres operava no positivo. O mercado que mais chamava a atenção, no entanto, era o de moedas, no qual o euro bateu mais um recorde de alta esta manhã em relação ao dólar (US$ 1,4133).

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O enfraquecimento do dólar no mercado internacional deve respingar por aqui até porque, o que o sustenta é o temor de que a economia dos EUA mostre sinais de fragilidade. Isso tenderia a levar o banco central americano a um novo corte de juros, o que seria mais um fator de desvalorização do dólar ante o real.