Os mercados continuam ressabiados em decorrência da crise do crédito e a volatilidade domina os negócios a cada novidade em relação ao assunto. Hoje, o mau humor se abateu sobre as bolsas de todo o mundo e pressiona o dólar à vista na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), que abriu com alta de 0,92%, cotado a R$ 1,968, na máxima. O temor deve-se à notícia dada pelo jornal Financial Times que o Barclays – braço de investimentos do banco britânico – tem uma exposição de centenas de milhões de dólares em instrumentos de crédito com problemas, por meio do banco alemão Sachsen LB.
Segundo o FT, o Barclays criou uma unidade, conhecida como SIV – Lite, para o Sachsen LB, em maio passado, com ativos de cerca de US$ 3 bilhões, sendo boa parte dessa quantia vinculada a hipotecas de alto risco e prime dos Estados Unidos. Embora um porta-voz do banco tenha negado que a instituição ofereceu esse financiamento, as ações do Barclays registram perdas. No rastro, papéis de outros bancos europeus também estão sendo penalizados.
A isso soma-se a cautela recomenda pela agenda norte-americana na qual a expectativa é com a divulgação da ata da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) realizada em 7 de agosto. Naquela data, o juro norte-americano ficou inalterado em 5,25% ao ano.
No Brasil, o mercado prestará atenção na divulgação do resultado de julho das contas do Governo Central (INSS, Tesouro e Banco Central). Porém esses dados pegam os investidores perto do encerramento das transações, às 16 horas.
