O mercado de câmbio confirmou a quebra do piso informal de R$ 1,90 para o dólar, ao encerrar os negócios com cotação de R$ 1,893, apesar do ambiente externo negativo e de uma atuação mais enérgica do Banco Central no mercado à vista. Foi o fluxo positivo de recursos que falou mais alto. E é nessa variável que devem concentrar-se as atenções dos investidores nesta quarta-feira.
Para os primeiros negócios, no entanto, a perspectiva é de que haja um ajuste de alta no valor da moeda norte-americana, já que ontem o dólar andou na contramão do restante dos ativos. No pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o dólar à vista foi cotado a R$ 1,906 às 9h10, alta de 0,69%, no primeiro contrato acertado esta manhã.
As principais bolsas de valores européias operam com quedas significativas, ainda no rastro da retomada das preocupações com o mercado de crédito imobiliário norte-americano, provocada por alertas de empresas do setor e pela decisão das agências de classificação de risco Standard & Poor?s e Moody´s. As agências colocaram em perspectiva "negativa", para um possível rebaixamento, a classificação de risco de títulos lastreados em hipotecas de risco subprime (financiamentos imobiliários sem comprovação de renda).