economia

Dólar à vista recua com pressão de vendidos na Ptax; dólar futuro sobe

O dólar segue em baixa no mercado à vista na manhã desta sexta-feira, 29, em meio a uma liquidez fraca e pressão de investidores vendidos em contratos cambiais (que apostaram na queda), na disputa técnica da Ptax.

O recuo forte do dólar ante o peso chileno é monitorado no mercado doméstico, após o Banco Central do Chile (BCCh) anunciar na quinta-feira, 28, uma intervenção no mercado cambial de até US$ 20 bilhões, após o peso chileno atingir mínimas históricas ante o dólar nesta semana. As operações de venda de dólares serão feitas de 2 de dezembro de 2019 até 20 de maio de 2020. O BC fará “venda de dólares spot” e “venda de instrumentos de cobertura cambial”, em montantes de até US$ 10 bilhões nos dois casos.

No mercado futuro, no entanto, o dólar futuro de janeiro de 2020, que passa a concentrar a liquidez, subia 0,30%, a R$ 4,2030, após já ter oscilado de R$ 4,1885 (-0,20%) a R$ 4,2105 (+0,32%).

No exterior, o índice DXY mostrava viés de alta em meio a incertezas recorrentes sobre as negociações comerciais entre EUA e China e o dólar opera sem direção única frente divisas emergentes ligadas a commodities.

Na quinta-feira, a moeda americana já havia caído no mercado á vista, após a venda de US$ 1 bilhão pelo Banco Central – foi o quarto leilão “puro” seguido em três dias – em meio a poucos negócios com o feriado nos Estados Unidos e a revisão para cima das exportações brasileiras de novembro.

Mais cedo, o mercado olhou a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE que veio dentro do esperado e não fez preço. A liquidez ainda é bem reduzida.

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em outubro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O resultado foi igual à mediana de 11,6% das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo das estimativas ia de 11,5% e 11,8%. Em igual período de 2018, a taxa de desemprego estava em 11,7% e, no trimestre até setembro deste ano, em 11,8%.

O analista Luis Bento, da Rio Bravo, avalia que o resultado da taxa de desemprego é bom e tendência é que siga diminuindo.

Às 9h47, o dólar à vista caía 0,14%, a R$ 4,2093. O dólar futuro de janeiro de 2020, mais líquido a partir desta sexta, estava em alta de 0,46%, a R$ 4,2160. O dólar para dezembro estava em alta de 0,45%, a R$ 4,2090.

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