economia

Dólar à vista mostra viés de alta antes de CPI dos EUA

O dólar no mercado à vista opera em linha com o viés de alta da moeda americana no exterior frente seus pares principais e divisas de países emergentes exportadores de matérias-primas em meio à cautela com a retórica mais dura na briga comercial entre Estados Unidos e China. Além disso, investidores aguardam os últimos dados de inflação (CPI) dos EUA (divulgação prevista para 9h30), uma vez que os mesmos influenciam fortemente a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Na terça-feira, 11, o presidente americano Donald Trump voltou a reclamar da taxa de juros nos Estados Unidos, novamente afirmando que o Federal Reserve a manteria muito “alta”. Além disso, disse que o euro e outras moedas estariam desvalorizadas em relação ao dólar, o que coloca seu país em “grande desvantagem” na arena comercial.

Mais cedo, a libra esterlina se fortaleceu após o ex-prefeito de Londres Boris Johnson dizer que não pretende buscar um Brexit sem acordo, embora tenha ressaltado que os britânicos precisam se preparar para esse eventual resultado. Ele disse também que o Reino Unido deve deixar a União Europeia em 31 de outubro e mostrou confiança de que o bloco está disposto a voltar a negociar com o governo britânico sobre o Brexit. Johnson é visto como o favorito na corrida para assumir a liderança do Partido Conservador britânico e, consequentemente, suceder a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May.

Investidores apenas monitoram as vendas do comércio varejista, que caíram 0,6% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, segundo o IBGE. O resultado veio abaixo da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que era negativa em 0,2%. O intervalo das previsões ia de queda de 1,0% a avanço de 0,6%.

Na comparação com abril de 2018, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 1,7% em abril de 2019. Nesse confronto, as projeções iam de uma elevação de 0,5% a 4,8%, com mediana positiva de 2,6%. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 0,6% no ano. No acumulado em 12 meses, houve avanço de 1,4%.

Às 9h17 desta quarta-feira, 12, o dólar à vista subia 0,13%, a R$ 3,8547. O dólar futuro para julho recuava 0,05%, a R$ 3,8590.

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