A taxa de câmbio abriu estável no pregão viva-voz da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), com o dólar à vista negociado a R$ 1,834.

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A primeira semana de outubro começa com notícias ruins decorrentes da crise do crédito, que ameaçam determinar dia de perdas nos mercados acionários globais. Por enquanto, as quedas são pequenas nas principais bolsas da Europa e no mercado futuro de Nova York. Isso deve abrir espaço para ajustes no mercado doméstico de câmbio até porque, depois de superado o ápice da crise em agosto, o mês de setembro chegou ao fim com o dólar nas menores cotações em sete anos.

Entre as novidades desfavoráveis de hoje estão os alertas negativos de dois grandes conglomerados financeiros. O banco suíço UBS alertou que deve apresentar prejuízo antes de impostos de 600 milhões de francos suíços (US$ 514,5 milhões) a 800 milhões de francos suíços no período de três meses encerrado em 30 de setembro. O grupo revelou ainda que pretende demitir 1.500 funcionários até o final do ano. Nos EUA, o Citigroup alertou que seu lucro deve cair 60% no terceiro trimestre. Os dois atribuem as perdas à deterioração das condições do mercado de crédito imobiliário de risco (subprime) nos EUA. O Citigroup declarou que os prejuízos com a dívida hipotecária subprime são de US$ 1,3 bilhão.

Em todo caso, o mercado interno de câmbio deve observar o fluxo de recursos do dia. Nos últimos pregões tem havido entradas para ativos nacionais, como a Bolsa, onde o saldo de recursos estrangeiros vem sendo positivo. Os operadores também afirmam que as operações de arbitragem entre dólar e real têm sido retomadas e há expectativa de entradas de captações privadas externas.

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