Puxada pela indústria e pelo varejo de bebidas e alimentos, dobrou a diferença entre os espaços ocupados por galpões alugados para a armazenagem de produtos do 1º para o 2º trimestre deste ano. Entre abril e junho, foram acrescentados 348 mil metros quadrados (m²) de armazéns alugados pelas companhias espalhadas pelo País, ante 172 mil metros quadrados no 1º trimestre deste ano, aponta a pesquisa de locação da gestora de imóveis Cushman & Wakefield.

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“Olhando para os números da economia, que apontam para reduções sucessivas do crescimento do PIB neste ano, o nosso cenário era de conservador para pessimista, mas aconteceu o contrário: os espaços alugados aumentaram”, diz o diretor da gestora de imóveis, Mario Sérgio Gurgueira.

Ele explica que existe uma forte relação entre o desempenho do consumo das famílias e locação de armazéns por parte das empresas para estocar produtos. Quando o consumo cresce, os espaços alugados para estocagem também aumentam. Mas há uma defasagem de seis meses e, segundo a avaliação do executivo, o crescimento dos espaços alugados do 2º trimestre estaria refletindo o cenário econômico do 2º semestre de 2013, quando o consumo estava mais aquecido do que atualmente.

De acordo com a pesquisa feita nos Estados do Rio de Janeiro, de Pernambuco, do Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, da Bahia e de São Paulo, que responde por quase 70% dos armazéns locados, os segmentos que puxaram para cima o mercado de aluguel de armazéns foram a indústria e o varejo de alimentos e bebidas. “Essas expansões estão ligadas ao consumo de produtos do dia a dia, que independe do crédito e está atrelado à renda, que continua crescendo, porém em ritmo menor.”

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Entre os destaques do 2º trimestre apontados pela pesquisa está a locação de cerca de 40 mil metros quadrados de armazéns na zona leste da Região Metropolitana de São Paulo para um centro de distribuição da rede de supermercados Dia%. No fim do mês passado, a rede anunciou a inauguração de cinco lojas na capital paulista. Outra locação destacada na pesquisa é da Ambev, que acrescentou 49,1 mil metros quadrados de armazenagem na região de Jundiaí. Procuradas, as empresas não deram mais detalhes.

A pesquisa mostra também que os preços da locação ficaram praticamente estáveis do 1º para o 2º trimestre e o índice de imóveis vagos caiu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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