Impulsionada pelo processo de alta da Selic e pelos aportes do Tesouro Nacional aos bancos públicos, a dívida pública federal (DPF) apresentou um crescimento de R$ 173,089 bilhões em 2014 – ultimo ano do primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira, 28, pelo Ministério da Fazenda, o estoque da DPF, que inclui dívida interna e externa do governo federal, subiu para R$ 2,295 trilhões – uma alta de 8,15% em apenas um ano. Em 2013, o estoque estava em R$ 2,122 trilhões.

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Além do custo mais alto da dívida por conta do aperto monetário e das incertezas que marcaram o ano passado, a dívida sofreu, principalmente, com as emissões de títulos feitas pelo Tesouro para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Em 2014, o Tesouro emprestou ao banco de desenvolvimento R$ 60 bilhões – R$ 30 bilhões em dezembro, faltando poucos dias para o fim do ano e já com a nova equipe econômica escolhida. Em dezembro, o Tesouro também emitiu R$ 1 bilhão para o banco da Amazônia (Basa)

O valor da DPF fechou dentro da banda do Plano Anual de Financiamento (PAF), de R$ 2,170 trilhões e R$ 2,320 trilhões. O impacto da correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 243,318 bilhões no ano passado, com alta de 11,46%.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 7,32% e fechou dezembro em R$ 2,183 trilhões. A Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 0,83% maior, somando R$ 112,29 bilhões no final do ano passado. O estoque da DPF aumentou apesar do resgate liquido de R$ 69,209 bilhões de títulos ao longo de 2014.

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Investidores

A participação dos investidores estrangeiros no estoque da DPMFi caiu de 20,07% em novembro de 2014 para 18,64% em dezembro, somando R$ 406,96 bilhões do total do estoque, conforme o Tesouro Nacional. Em novembro, o estoque estava em R$ 421,42 bilhões, o que significou uma redução de R$ 14,46 bilhões de um mês para o outro.

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A categoria das instituições financeiras teve elevação na participação do estoque da DPMFi de 27,26% para 29,77%. Os Fundos de Investimentos reduziram a fatia de 20,63% em novembro para 20,28% em dezembro de 2014. Já as seguradoras tiveram redução na participação de 4,17% para 4,09%.

Indexadores

O Tesouro Nacional encerrou 2014 dentro dos parâmetros estabelecidos para a DPF, depois de ter passado quase todo o ano com a participação dos títulos prefixados e dos remunerados pela Selic fora das bandas.

A parcela de títulos prefixados na DPF caiu de 42,02% em dezembro de 2013 para 41,58% em 2014. Os papéis atrelados à Selic também diminuíram a fatia de 19,11% para 18,66%. Os títulos remunerados pela inflação subiram para 34,91% do estoque da DPF em 2014, ante 34,53% no final de 2013. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 4,35% em 2013 para 4,85% no ano passado.