O estoque da dívida pública federal (DPF) subiu 1,89% em dezembro, e encerrou 2017 em R$ 3,559 trilhões. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 25, pelo Tesouro Nacional. Em dezembro de 2016, o montante estava em R$ 3,112 trilhões.

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O resultado ficou dentro do previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2017, cujo intervalo ia de R$ 3,450 trilhões a R$ 3,650 trilhões. Para 2018, o PAF divulgado nesta quinta prevê que a DPF fique entre R$ 3,780 trilhões e R$ 3,980 trilhões.

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A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 29,89 bilhões em dezembro. Já as emissões de papéis totalizaram R$ 39,031 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 2,810 bilhões, o que representou uma emissão líquida de R$ 36,22 bilhões.

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No ano, as emissões somaram R$ 736,472 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 617,462, encerrando com uma emissão líquita de R$ 119,010 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) subiu 1,88% em dezembro e fechou o ano passado em R$ 3,435 trilhões, ante R$ 2,986 trilhões em dezembro de 2016.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 1,96% maior em dezembro, somando R$ 123,79 bilhões em 2017. No ano, porém, o endividamento externo caiu – havia encerrado 2016 em R$ 126,52 bilhões.

12 meses

A parcela da DPF a vencer em 12 meses caiu de 17% em novembro para 16,94% em dezembro, segundo o Tesouro Nacional.

O prazo médio da dívida caiu de 4,31 anos em novembro para 4,26 anos no mês passado e estava em 4,54%. Já o custo médio do estoque acumulado em 12 meses passou de 10,24% ao ano em novembro para 10,29% ao ano em dezembro e era de 12,02% ao ano no fim de 2016.

Prefixados

A parcela de títulos prefixados na DPF subiu de 35,16% em novembro para 35,34% em dezembro, de acordo com o Tesouro Nacional. Em dezembro 2016, essa fatia era de 35,73%. Os papéis atrelados à Selic diminuíram a fatia, de 31,60% em novembro para 31,51%. Em relação a 2016, no entanto, houve um aumento na participação desses papéis, considerados mais voláteis – esse porcentual era de 28,24%.

Os títulos remunerados pela inflação caíram para 29,55% do estoque da DPF em dezembro, ante 29,66% em novembro – a participação era de 31,83% em 2016. Os papéis cambiais elevaram a participação na DPF de 3,59% em novembro para 3,60% no mês passado, uma redução em relação a 2016, quando encerrou o ano em 4,20%.

Todos os papéis encerraram 2017 dentro das metas do PAF para o ano passado. O intervalo do objetivo perseguido pelo Tesouro para os títulos prefixados em 2017 era de 32% a 36%, enquanto os papéis remunerados pela Selic deveriam ficar entre 29% a 33%. No caso dos que têm índices de preço como referência, a meta também era de 29% a 33% e, no de câmbio, de 3% a 7%.

Estrangeiros

Os estrangeiros diminuíram a participação na DPMFi em 2017. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque /caiu de 12,67% em novembro para 12,12% no mês passado, somando R$ 416,33 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. Em dezembro de 2016, era de R$ 427,83 bilhões, 14,33% do total.

O grupo Previdência encerrou o ano com a maior participação na DPMFi, com uma fatia que passou de 25,37% em novembro para 25,46% em dezembro. No fim de 2016, esse porcentual era de 25,05%.

Os fundos de investimento aparecem em seguida, com a participação passando de 25,96% em novembro para 25,18% no mês passado. 22,09% em 2016.

A parcela das instituições financeiras no estoque da DPMFi teve queda em 2017, passando de 21,84% em novembro para 22,32% em dezembro – era de 23,06% no fim de 2016. Já as seguradoras tiveram crescimento na participação de 2017, passando de 4,02% em novembro para 4,78% em dezembro, ante 4,57% no mesmo mês do ano anterior.