A dívida mobiliária federal (em títulos públicos) aumentou 0,34% em agosto e fechou o mês em R$ 761,8 bilhões, contra um estoque de R$ 759,2 bilhões em julho. O crescimento ocorreu devido à apropriação de juros que corrigem o endividamento todo mês e poderia ter sido maior se o Tesouro Nacional não tivesse feito um resgate líquido de títulos no período e se não tivesse ocorrido uma apreciação cambial. Em agosto, o resgate de títulos públicos federais feito pelo governo totalizou R$ 25,2 bilhões, enquanto a emissão de papéis somou R$ 18,9 bilhões. Com isso, o resgate líquido no mês chegou a R$ 6,3 bilhões.
Segundo o relatório divulgado pelo Tesouro Nacional ontem, a participação de títulos prefixados na dívida aumentou de 15,1% em julho para 16,7% em agosto, o que está dentro das previsões do governo para 2004. De acordo com o Plano Anual de Financiamento do Tesouro Nacional (PAF), os prefixados devem fechar o ano com uma participação que varia entre 13% e 23% da dívida. Já a parcela do estoque composta por títulos corrigidos pela taxa Selic caiu de 59,6% em julho para 58,5% em agosto. Isso ocorreu devido ao resgate líquido de R$ 12,6 bilhões de títulos LFT, que são corrigidos pela Selic.
No caso dos papéis cambiais, a parcela da dívida corrigida pelo dólar caiu de 14,11% para 13,15% entre julho e agosto. A exposição cambial da dívida diminuiu devido ao resgate líquido de R$ 4,2 bilhões em títulos e swaps cambiais e devido ao efeito da apreciação cambial no período. Já a participação de papéis corrigidos por índices de preço aumentou em agosto pelo quinto mês consecutivo, atingindo 15,36%, e ficando dentro do intervalo previto no PAF para 2004 – entre 15% e 21%.