O governo da Grécia anunciou ontem a adoção de um plano de privatizações de 50 bilhões de euros até 2015, com o objetivo de evitar a reestruturação das dívidas do país. Entre as áreas envolvidas estão o setor energético, as telecomunicações e os transportes, em um esforço para honrar 25 bilhões de euros em títulos de dívida soberana que vencerão em 2012.

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Na União Europeia, a hipótese de renegociação já circula entre líderes políticos e investidores e estaria entre os planos do governo do primeiro-ministro Georges Papandreou. Entre as medidas do novo plano de rigor estão a redução de 51% a 34% do capital do Estado na companhia nacional de eletricidade, a DEI, assim como a venda de parte dos 20% de ações do governo na operadora de telefonia OTE.

A empresa pública de transportes férreos TrainOSE também será parcialmente vendida, assim como a companhia de gás Depa, na qual será preservada uma participação de 34% das ações, com direito a veto. O capital do Estado também será reduzido no Banco Postal, em cassinos, loterias, uma fábrica de armas e em portos. A concessão do Aeroporto de Atenas também será ampliada.

O objetivo do plano de emergência é obter 15 bilhões de euros até 2013 e 50 bilhões de euros até 2015, para aumentar o caixa público e reduzir as dúvidas que pesam sobre a capacidade de Atenas de honrar os títulos da dívida soberana do país. De acordo com Georges Papandreou, o plano é uma das medidas que o governo está tomando para evitar a renegociação das dívidas. “A Grécia resolverá seus problemas agindo profundamente, não reestruturando a dívida, mas reestruturando o país”, voltou a repetir o primeiro-ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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