Dívida externa cai para US$ 202,1 bi em setembro

A dívida externa total brasileira atingiu US$ 202,187 bilhões em setembro. Esse valor é US$ 3,4 bilhões menor que o saldo registrado em junho, quando a dívida externa somava US$ 205,558 bilhões. Segundo informações divulgadas ontem pelo Banco Central, a redução no estoque da dívida ocorreu na parcela de médio e longo prazos, que passou de US$ 185,735 bilhões em junho para US$ 183,565 bilhões em setembro. Já a dívida de curto prazo caiu de US$ 19,814 bilhões para US$ 18,622 bilhões.

O crescimento econômico e um quadro externo de liquidez colaboram para a redução da dívida. "A expectativa de continuidade de crescimento contribui para a queda", disse o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes.

Em novembro, as reservas internacionais tiveram um incremento de US$ 717 milhões, somando US$ 50,1 bilhões.

Investimento

Os investimentos estrangeiros diretos somaram em novembro US$ 1,319 bilhão, chegando no ano a US$ 15,016 bilhões. Esse volume está no mesmo patamar do registrado no mês passado e abaixo dos US$ 1,954 bilhão de novembro de 2003. Os investimentos brasileiros diretos no exterior somaram US$ 152 milhões.

O BC prevê que os investimentos estrangeiros no País cheguem a US$ 17 bilhões até o final do ano.

O resultado deste ano está inflado pela operação de troca de ações entre uma empresa residente e uma não-residente no País, de US$ 4,9 bilhões, ocorrido no mês de agosto – a fusão da cervejaria brasileira AmBev e da belga Interbrew. Para o ano que vem, a previsão é que os investimentos estrangeiros somem US$ 14 bilhões.

O crescimento dos investimentos estrangeiros no Brasil é favorecido pelos recentes resultados da economia. Entre janeiro e setembro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 5,3%.

O aumento dos investimentos é necessário para sustentar a retomada do crescimento econômico. Sem isso, o aumento da demanda gerado pela expansão poderia superar a capacidade das empresas de ofertarem bens e serviços, resultando em aumento da inflação.

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