Brasília – A dívida externa brasileira aumentou 2% no primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com dados divulgados ontem pelo Departamento Econômico (Depec) do Banco Central, o Brasil fechou 2003 com uma dívida externa de US$ 214,9 bilhões. Em 2002, o total era de US$ 210,7 bilhões. Do valor fechado de 2003, 55,7% são de responsabilidade do governo federal e o restante são dívidas do setor privado, somadas às dos bancos públicos.

A dívida poderia ser ainda maior, caso o governo não tivesse reduzido esse débito em US$ 4,8 bilhões no último trimestre do ano. Em comparação com setembro, quando o débito estava em US$ 219,8 bilhões – o dado mais recente até então disponível -, houve uma queda de 2,2% no endividamento externo.

A redução no saldo da dívida se deveu a pagamentos realizados pelo governo. Em outubro, foram pagos US$ 398 milhões em bradies, títulos da renegociação da dívida externa concluída em 1992. Em dezembro de 2003, o governo pagou US$ 6,3 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI), US$ 440 milhões ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 487 milhões ao Clube de Paris.

Por outro lado, o estoque da dívida aumentou principalmente por conta de US$ 2,3 bilhões de obrigações de bancos comerciais em moedas estrangeiras, além de mais US$ 1,5 bilhão referente a uma captação feita pelo governo.

O governo federal terá de pagar este ano US$ 13,9 bilhões de débitos contraídos no mercado internacional. Desse total, US$ 4,3 bilhões serão pagos ao FMI. Incluindo o setor privado e as demais esferas de governo, o BC prevê um pagamento de US$ 44,624 bilhões em obrigações externas em 2004.

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