A dívida do governo em títulos públicos subiu mais de R$ 22 bilhões em apenas um mês. Entre outubro e novembro, ela passou de R$ 937,34 bilhões para R$ 959,5 bilhões, um aumento de 2,4% ou R$ 22,16 bilhões. No ano, a dívida já cresceu R$ 149,240 bilhões, segundo nota do Tesouro Nacional e do Banco Central.
Parte desse aumento deve-se ao fato de as emissões terem superado os resgates de títulos em R$ 9,9 bilhões. O restante é o impacto que os juros têm sobre o estoque da dívida. Mais da metade do estoque da dívida é remunerada pela taxa Selic, que ontem caiu para 18% ao ano.
A parcela dos papéis remunerada por essa taxa – os títulos chamados de pós-fixados, que são mais voláteis – caiu de 55,68% em outubro para 53,21% em novembro.
Já a parcela da dívida prefixada subiu de 24,48% para 26,88%. Para o governo, quando maior a participação desses títulos, melhor, já que se sabe antes o quanto se vai pagar por eles.
Em relação à dívida indexada a índices de preços, ela passou de 13,85% do total da dívida para 14,46%.
O montante da dívida atrelado ao dólar permanece em queda, e passou de 3,78% para 3,28%, a menor participação desse tipo de papel já registrada na história da dívida brasileira. Essa parcela já chegou a 40% em 2002. Contribuiu para essa queda a apreciação cambial de 2,1%, os resgates de títulos e as operações de ?swap reverso?.
Prazos
Em novembro, foi registrado uma queda no prazo médio das emissões, que passou de 29,9 meses em outubro para 24,8 meses em novembro. Essa redução, segundo o BC e o Tesouro, deve-se ao aumento da participação dos títulos prefixados, que têm prazo mais curto que os pós-fixados.
Já a parcela da dívida que vence no curto prazo – em até 12 meses – passou de 41,7% para 42,6%.