economia

Dívida de emergentes vai a US$ 71,4 tri e tem novo recorde histórico, diz IIF

As dívidas dos mercados emergentes, considerando os passivos de empresas, governos, bancos e famílias, bateram em US$ 71,4 trilhões ao final do primeiro semestre, alcançando o recorde de 220% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Chile, Coreia do Sul e Argentina foram os mercados onde os passivos mais aumentaram na comparação ano a ano, de acordo com relatório divulgado nesta quinta-feira, 14, pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), formado pelos 500 maiores bancos do mundo.

A dívida mundial também bateu recorde, atingindo US$ 250,9 trilhões ao final do primeiro semestre de 2019, o equivalente a 320% do PIB global.

A projeção do IIF é que esses passivos terminem o ano em US$ 255 trilhões. Só na primeira metade do ano, os passivos aumentaram em US$ 7,5 trilhões. O aumento é puxado principalmente por Estados Unidos e China.

Com mais de 60% dos países crescendo abaixo do potencial, o IIF alerta que há riscos de refinanciamento desses passivos, especialmente nos emergentes, onde a recente onda de valorização do dólar pode dificultar os serviços dos passivos.

Nos emergentes, há US$ 9,4 trilhões em bonds e empréstimos sindicalizados que vencem até o final de 2021, o que liga a luz amarela sobre os riscos de refinanciamento, observa o IIF.

Nos emergentes, as empresas estão com a maior parte dos passivos (US$ 31 trilhões), enquanto a dívida dos governo ficou em US$ 16,3 trilhões. Já nos países desenvolvidos, a dívida pública é maior, sobretudo por causa dos EUA, e somou US$ 52 trilhões.

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