A dívida das famílias norte-americanas recuou pelo sétimo trimestre seguido nos primeiros três meses de 2010, informou hoje o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). No mesmo período, houve aumento no patrimônio líquido – o quarto seguido em termos trimestrais. A dívida das famílias dos EUA caiu 2,5% no primeiro trimestre deste ano em comparação a igual período do ano passado, em dados ajustados, para US$ 13,54 trilhões. A dívida com hipotecas residenciais recuou 3,75%, enquanto o crédito ao consumidor teve uma contração de 1,50%.

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De acordo com o Fed, o consumo baseado no endividamento foi uma das causas da recessão que atingiu a economia dos EUA recentemente. Nos últimos trimestres, os norte-americanos diminuíram suas dívidas – algo que, no longo prazo, é favorável para a economia, mas que, no curto prazo, tem um impacto negativo sobre o consumo.

O patrimônio líquido das famílias norte-americanas – que consiste no valor total de ativos, como imóveis, menos o total de passivos, como dívidas hipotecárias – cresceu 2% durante o período, em dados ajustados, para US$ 54,57 trilhões. O resultado foi impulsionado principalmente pela recuperação no mercado de ações nos três primeiros meses deste ano.

Os preços das ações, no entanto, caíram desde então, diante das preocupações com a situação fiscal dos países europeus. O índice de ações S&P 500, por exemplo, recuou cerca de 10% desde o início de abril. Já a dívida do governo dos EUA seguiu o movimento contrário da dívida das famílias norte-americanas e cresceu a uma taxa anual e ajustada de 18,5% no primeiro trimestre. No trimestre anterior, o endividamento do governo do país havia crescido 12,6%. As informações são da Dow Jones.

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