O mês de julho entrará para a história do endividamento público. A cada 24 horas, a dívida líquida cresceu quase R$ 2,4 bilhões. Em 31 dias, foram R$ 73 bilhões. Isso depois de um aumento de R$ 41 bilhões em junho. ?Ninguém imagina que daqui para frente ocorrerão desvalorizações acima dos 12,8% deste mês?, comentou o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, durante divulgação do resultado de junho, que já foi considerado uma elevação monstruosa da dívida líquida. Não se esperava, mas ocorreu. A desvalorização do real em julho foi de 20,6%, tomando como base a taxa média diária calculada pelo BC, a Ptax.

Isso coloca a dívida numa trajetória explosiva. O saldo deverá ultrapassar os R$ 820 bilhões em julho, cerca de 64% do Produto Interno Bruto, o PIB – tudo o que é produzido pelas empresas nacionais e por grupos estrangeiros instalados no País. A desvalorização do real no mês passado só perde para a registrada em janeiro de 1999, quando houve a ruptura no modelo de bandas cambiais. Naquele ano, em 31 dias, o real perdeu 64% do seu valor ante ao dólar e a dívida subiu R$ 93 bilhões no mês.

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