O presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Orlando González, disse hoje (10) que as tarifas de energia precisariam ser reajustadas, em média, em 3% em todo o País para compensar o aumento do número de consumidores de baixa renda. Desde meados do primeiro semestre, a legislação definiu como tendo este perfil quem gasta menos de 80 quilowatts/ hora (kW/hora) por mês.
Esses consumidores de baixa renda pagam uma tarifa menor e ainda estão isentos da cobrança do seguro-apagão e da tarifa extra de recomposição das perdas que as empresas tiveram com o racionamento de energia. González disse que, em alguns casos, a necessidade de aumento de tarifas chega a 10%, principalmente nas distribuidoras da Região Nordeste, em cuja base de consumidores há um número elevado de pessoas de baixa renda.
González informou ainda que a inadimplência dos consumidores no setor de energia subiu 30% neste ano em relação ao ano passado. Segundo ele, o índice de inadimplência registrado do ano passado foi de 5% e neste ano está em cerca de 7%. O maior aumento, de acordo com ele, refere-se ao setor público, principalmente os municípios