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Distribuidoras regulares vendem etanol a partir de R$ 2,09

Responsável pela denúncia que culminou na Operação Predador, o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis no Paraná (Sindicombustíveis-PR) disse que as distribuidoras já estão vendendo etanol, no mercado regular, por, no mínimo, R$ 2,09. A informação foi dada no início da noite desta quarta-feira (16), pelo presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese.

“As distribuidoras que não estavam nesse esquema predatório, ou seja, as distribuidoras do mercado regular estão vendendo etanol na faixa entre R$ 2,09 e R$ 2,15. Ou seja, não há como conceber um posto comercializar na bomba um preço inferior a isso”, alertou. Segundo Fregonese, durante as investigações conduzidas pelo delegado da Polícia Civil, Francisco Alberto Caricati, além de verificar essa distorção entre o valor praticado pelas distribuidoras e o comercializado nos postos de bandeira branca, os policiais verificaram que postos bandeirados vendiam etanol abaixo do valor da distribuidora. “Cansamos de denunciar isso. Postos com bandeira BR vendiam o litro do etanol por até R$ 0,24 a menos do que o preço passado pela Petrobras”.

Na avaliação de Fregonese, a Operação Predador deve ter desdobramentos em outras ações sobre práticas irregulares no mercado de combustíveis do Paraná. A sonegação fiscal, principalmente o esquema de notas calçadas (usar duas vezes a mesma nota), deve ser o próximo alvo. “O secretário da Fazenda nos garantiu olhar com uma lupa as práticas no setor. Infelizmente, o governo anterior foi displicente na área de fiscalização, com um acompanhamento frouxo sobre o que vinha acontecendo”, criticou. O reflexo disso foi o descompasso entre o crescimento das vendas de carros flex e o mercado de etanol. “O mercado formal no Paraná cresceu apenas 4,9%”, informa Fregonese.

Para ele, outra situação que evidencia a inviabilidade do negócio para quem estava cumprindo a lei é que 30% dos postos de combustíveis foram incorporados por outros grupos. “Os postos foram parar nas mãos dessas quadrilhas. Não é clara essa mudança, porque não foi o posto que quebrou e, sim, o proprietário do posto”.

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