GERAÇÃO DE ENERGIA

Distribuição de gás natural esbarra em problemas estruturais no PR

O crescimento econômico do Estado tem esbarrado na distribuição de energia, principalmente com as indústrias que necessitam de gás para colocar suas máquinas em funcionamento. Para que ocorram mudanças na infraestrutura são necessários investimentos na rede de distribuição, os gasodutos.

O principal gasoduto da região Sul do País, Bolívia-Brasil, segundo afirma Luciano Pizzato, presidente da Companhia Paranaense de Gás (Compagas), tem problemas no traçado. “Não posso acreditar que isso tenha sido construído dessa forma, sem um estudo anterior”, comentou o presidente.

A afirmação se deve ao fato de que a tubulação sofre uma redução gradativa no diâmetro, o que impossibilita o transporte de gás até o Rio Grande do Sul e sua ligação com o gasoduto da Argentina. “O gasoduto que passa por Curitiba é telescópico, não dá para aumentar com isso a capacidade de transporte do combustível”, lamenta Pizzato.

Além disso, as tubulações existentes não atingem todas as regiões do Estado, onde o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) tem caído ano a ano. Para tentar resolver este problema, a Compagas tem estudado a construção de gasodutos nas regiões menos industrializadas do Paraná.

Custo

Outro problema encontrado pela companhia é o custo do combustível, que invibializa o crescimento de indústrias. “Hoje o gasoduto que passa pelo Estado está operando com sua capacidade máxima. Como vamos oferecer o produto para uma empresa se não temos como fornecê-lo?”, relata Pizzato.

Uma saída pode ser um projeto que está em desenvolvimento na Itaipu Binacional, na região Oeste do Paraná. Trata-se do Biogás, produzido em pequenas propriedades rurais. Estes biodigestores podem abastecer uma pequena área, e o excedente de energia gerada não é perdida completamente. Ela é comprada pela companhia de energia que a redireciona para locais que necessitam de mais eletricidade.

A matéria prima para a geração de energia é o esterco animal, biomassa e até mesmo dejetos humanos. O gás produzido é distribuído por tubulações que abastecem geradores de energia. O custo de implantação, segundo Cícero Bley Junior, superintendente da Coordenadoria de Energias Renováveis da Itaipu, é de R$ 300 mil, o valor é relativamente alto.

No entanto, o governo federal por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financia até 100%. O governo está investindo R$ 6 bilhões na agricultura de baixa emissão de Dióxido de Carbono (CO2).

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