A Argentina apresentou seus últimos argumentos escritos numa disputa judicial com credores em Nova York, sugerindo que sua economia pode ir à ruína e que pode ser criado um perigoso precedente mundial se o país perder seu recurso.

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Em documento apresentado neste sábado ao tribunal de recursos nova-iorquino, antes do prazo previsto, a nação sul-americana recusou-se a ceder na disputa com um grupo de “holdouts” (credores que não aceitam a reestruturação de uma dívida) e alertou que o plano do juiz federal Thomas Griesa de forçá-la a pagar US$ 1,3 bilhão aos pleiteantes pode provocar outros pedidos de indenização que podem ultrapassar US$ 43 bilhões.

O governo argentino argumenta que a proposta do juiz tornaria impossível a outros países negociar condições melhores para suas dívidas em momentos de grande dificuldade econômica e financeira.

Os holdouts, liderados pelo NML Capital, um fundo de investimento controlado pelo bilionário norte-americano Paul Singer, querem receber o valor integral, mais juros, de bônus sobre os quais a Argentina não faz pagamentos desde que declarou moratória, em 2001. Para os credores, a Argentina, que hoje conta com reservas internacionais superiores a US$ 43 bilhões, tem condições de pagá-los.

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No próximo dia 27, representantes dos dois lados apresentarão seus argumentos orais ao tribunal. As informações são da Associated Press.