Do ponto de vista de Brasil, a discussão sobre competitividade não é mais uma conversa sobre “se” e sim sobre “como”, disse há pouco o secretário-executivo do Meio Ambiente, Francisco Gaetani. Ele participa nesta terça-feira, 23, do Fórum Estadão Brasil Competitivo, que discorre sobre o tema “Os Caminhos para o Brasil de 2022”.
De acordo com ele, essa discussão é um imperativo porque o Brasil hoje se insere num ambiente global, onde o enfrentamento não é uma questão de escolha e sim uma necessidade premente. “É um debate que se assemelha à maré. Ou mergulhamos todos juntos ou subimos todos juntos com a maré ou não seremos tão competitivos quanto precisamos”, disse Gaetani.
Segundo Gaetani, o País tem algumas joias da coroa, algumas instituições de padrão global, mas elas são exceções. “Não basta o Brasil ser grande, ser importante do ponto de vista do seu tamanho. É preciso ele ser competitivo, é preciso ser justo e se integrar aos padrões que deem condições de construção de futuro e melhoria das condições da população”, disse o secretário, que no momento assume o Ministério do Meio Ambiente como ministro interino.
O secretário destacou o fato de raramente o debate sobre competitividade tocar no governo apenas como fator de empecilho, um problema. “Os países competitivos, todos possuem governos fortes. Não são governos grandes, são governo ativos e que atuam no desenvolvimento do mercado, na criação das condições do desenvolvimento social e dão suporte claramente ao setor privado”, observou Gaetani.
Nos países competitivos, de acordo com o secretário, há uma ação conjunta entre os setores público e privado. Ele citou os países fortes da Europa, em que os governos foram protagonistas no papel de fortalecer o setor privado. Isso de acordo com ele, é importante para explicar alguns desenvolvimentos ocorridos nos últimos anos no Brasil. De acordo com ele, a atuação do setor público em parceria com o setor privado foi importante porque obrigou o governo solucionar uma série de problemas.
“Não é à toa que as concessões começaram a ser disseminadas recentemente depois de muito anos ter sido visto com desconfiança. Vários estudos feitos pelos setor público foram patrocinados pelo setor privado porque o governo não tinha a expertise para fazer estas análises, disse.