O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Rodrigo de Rato, estará no Brasil nos próximos dias 10 e 11 de janeiro, quando fará a primeira reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva após a decisão brasileira de quitar a dívida com o organismo financeiro. Rato também terá reuniões com o ministro Antonio Palocci (Fazenda) e com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
No mês passado, o governo decidiu antecipar o pagamento de US$ 15,57 bilhões em dívidas com o FMI que venceriam até o final de 2007. Segundo nota divulgada pelo Ministério da Fazenda, Rato vem ao Brasil a convite de Lula e a reunião terá como objetivo ?registrar? o pagamento de toda a dívida brasileira.
Quando anunciou o pagamento, no mês passado, Palocci afirmou que o país economizará US$ 900 milhões em juros com a quitação antecipada.
O dinheiro para o pagamento virá das reservas internacionais do Banco Central, que, mesmo após a transferência dos recursos para o Fundo, ainda totalizam US$ 54,451 bilhões.
O governo aproveitou a queda da cotação do dólar durante o ano de 2005 para comprar a moeda norte-americana no mercado e recompor as reservas.
As condições favoráveis no mercado para o pagamento de dívidas têm sido mantidas principalmente devido à série de recordes da balança comercial.
No ano passado, a balança teve um saldo positivo de US$ 44,764 bilhões. Esses dólares são mais do que suficientes para atender a demanda do mercado pela moeda, o que favorece a queda das cotações.
No mês passado, o governo também anunciou que vai quitar outra dívida de US$ 2,6 bilhões com o Clube de Paris.