O diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Viana, reforçou nesta quarta-feira, 14, a tendência de aumento no ritmo de corte dos juros ao dizer, em evento na capital paulista, que passou a ser “bastante alta” a probabilidade de intensificação do afrouxamento monetário na próxima decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para janeiro.
Durante seminário no centro de São Paulo, Viana reiterou que, na ausência de sinais claros de retomada econômica, é “razoável” esperar que o processo de flexibilização monetária seja acelerado.
Referindo-se à retração do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, em especial ao recuo dos indicadores em agosto, ele observou que a retomada econômica está aquém do que era esperado e tende a ser mais demorada e gradual.
O diretor do BC também frisou que a ancoragem das expectativas de inflação, fruto do redirecionamento recente da política monetária, abriu mais espaço para o corte de juros, ao mesmo tempo em que permite agora ao Copom se preocupar em evitar efeitos secundários dos reajustes de preços de combustíveis e de energia elétrica.