O diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), Luiz Awazu Pereira, disse hoje que as economias maduras passarão por um período de fraca atividade econômica, como resultado da atual crise financeira. “O cenário para os próximos anos é muito provavelmente de baixo crescimento das economias maduras. E no curto prazo estamos vivendo um período de maior volatilidade e incertezas”, disse, durante o 2º Colóquio Internacional sobre Poupança, Investimento e Moeda no Brasil, organizado pela Caixa Seguros e pela francesa Caisse des Dépôts.

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Segundo Awazu, o contexto econômico internacional é “complexo” e crises como a atual exigem “respostas rápidas, abrangentes e mensagens harmônicas e claras por parte dos formuladores de políticas econômicas”. Para ele, as características da atual crise nos países avançados apontam para um quadro em que as soluções terão consequências de “longa duração”.

Sobre o Brasil, o diretor do BC reafirmou que a autoridade monetária continuará vigilante quanto aos desdobramentos da crise, “adotando sempre que necessário medidas para assegurar a solidez do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e a funcionalidade dos mercados brasileiros”. Ele observou, porém, que o SFN tem “solidez em seu nível de capital, em seu nível de provisionamento, na qualidade, regularidade e intensidade de sua supervisão”. Para Awazu, essa solidez é a base para a estabilidade financeira e a credibilidade dos ativos brasileiros.

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