O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, disse nesta terça-feira (13) no Senado que foi informado de que a Petrobras negociará com a Bolívia o aumento no fornecimento de gás ao Brasil – de 30 milhões de metros cúbicos por dia, constantes do contrato atual, para 34 milhões de metros cúbicos diários. Segundo ele, o aumento dos investimentos da Petrobras na Bolívia é para elevar a produção boliviana e as compras do produto pelo Brasil.
Na semana passada, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, disse que os novos investimentos na Bolívia não incluem a expansão do gasoduto Bolívia-Brasil, que hoje transporta os 30 milhões de metros cúbicos diários de gás natural. Uma das formas de elevar o fornecimento para o Brasil sem ampliar o gasoduto, explicou Lima, seria o aumento da compressão do gasoduto para que possam ser bombeados 4 milhões de metros cúbicos a mais por dia. Na semana passada, Gabrielli havia dito que a intenção da Petrobras era a de manter o nível de importação previsto no contrato atual.
No Senado, a indicação de Haroldo Lima para um segundo mandato de diretor-geral da ANP foi aprovada esta tarde pela Comissão de infra-estrutura.
Em comentário às declarações de Lima sobre aumento da importação de gás, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), ex-diretor de Gás da Petrobras, disse que o gasoduto, construído pela Petrobras, já foi projetado para despachar 34 milhões de metros cúbicos para o Brasil. "Fui informado de que a Petrobras vai investir para aumentar a produção. Do jeito que está o gasoduto, a capacidade máxima pode chegar a 34 milhões. Para mais que isso, são necessárias outras alternativas", disse Amaral.