São Paulo
– As vendas reais dos supermercados cresceram 5,45% em julho na comparação com junho. Tal resultado, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), foi motivado pelo ingresso na economia da parcela de renda proveniente do início do pagamento pelo governo federal da diferença do FGTS referente aos planos Collor e Verão. Também contribuiu o fato de julho ter tido três dias úteis a mais do que em junho.Na comparação com julho de 2001, as vendas dos supermercados, já deflacionadas pelo IPCA/IBGE, aumentaram 1 96%. De acordo com a associação do setor, este desempenho decorreu do fato de, em julho de 2001, as vendas terem sido prejudicadas pelo racionamento de energia. Naquele mês, segundo a Abras, foi registrado o pior desempenho de todo o ano de 2001.
Nos sete primeiros meses do ano, as vendas reais dos supermercados acumulam queda de 1,59% nas vendas. O resultado é melhor do que o registrado até junho, quando o resultado acumulado foi 2% inferior ao registrado ao intervalo dos seis primeiros meses de 2001.
Segundo a Abras, o desempenho em julho poderia ter sido melhor, caso os preços de produtos e insumos importados e também de artigos que sofrem com o efeito da sazonalidade da época não tivessem aumentado e pressionado os índices de preços.
O IPCA, que deflaciona as vendas do setor, aumentou de 0 21% em maio, para 0,42% em junho e 1,19% em julho, afetando o desempenho real das vendas do setor.