A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, reafirmou hoje seu otimismo em relação ao futuro da economia do País, durante solenidade de comemoração dos 28 anos do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), no Centro de Convenções do Hotel Jequitimar. Dilma disse que “o pior já passou” e que o Brasil foi um dos últimos países a entrar na crise e, com certeza, será um dos primeiros a sair.

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Bem-humorada, ela chegou por volta das 11 horas ao Guarujá e nem parecia ter vindo de uma sessão de radioterapia na Capital, onde faz tratamento para recuperação de um câncer linfático. A ministra revelou que faltam apenas cinco sessões para terminar uma parte do tratamento e disse que vem sentindo-se muito bem, apesar da sonolência.

Dilma foi recebida no evento pelo presidente do SBT, o empresário Sílvio Santos, que estava acompanhado de familiares e de toda a cúpula da emissora. Dilma sentou-se na bancada do apresentador Carlos Nascimento, em um cenário típico do programa SBT Repórter, e portou-se como a principal entrevistada do evento.

De acordo com a ministra, “a crise econômica enfrentada por vários países do mundo serviu como um teste, uma oportunidade para que pudéssemos sair melhor e mais fortes, graças à postura firme do presidente Lula.” Ela também lembrou que, no início da crise, o Brasil contava com 207 bilhões de dólares em reservas acumuladas e que, hoje, possui cerca de U$ 210 bilhões.

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Candidatura

Dilma não se negou a falar de política. Ela lamentou a possibilidade de a ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, candidatar-se à presidência pelo Partido Verde. “A gente respeita a opção das pessoas, porque vivemos em um mundo civilizado, mas, por mim, ela permaneceria no Partido dos Trabalhadores”, comentou.

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A ministra citou ainda a crise no Senado. “Acredito que a crise do Senado tenha uma dinâmica própria, não tendo muito a ver com o momento político que antecede as eleições”, afirmou, ressaltando que o governo gostaria que o problema fosse superado.

Indagada se o anúncio de mais uma etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não soaria como “uma campanha eleitoral prévia a seu favor”, Dilma negou e fez uma ampla defesa do programa. “O PAC não é uma lista de obras pura e simplesmente, porque ele toca questões fundamentais para que o País cresça, como, por exemplo, uma infraestrutura adequada de estradas”, assinalou. Dilma também defendeu investimentos em ferrovias para o desenvolvimento do Brasil.