Dilma Roussef diz que Brasil tem dois obstáculos a vencer

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (2) que o Brasil tem dois obstáculos a vencer: o câmbio desequilibrado e a diversificação da pauta de exportação para manufaturados com maior valor agregado.

Para isso, disse a presidente, é preciso inovar e investir em pesquisa e desenvolvimento. “Este é o momento certo de agregação de valor”.A presidente disse que o lançamento do Brasil Maior é o governo fazendo a sua parte, mas também um chamamento da indústria. “Este é um plano estratégico da nação”. Segundo a presidente, o momento exige do Brasil coragem e ousadia para enfrentar as turbulências no cenário econômico internacional.

Ao lançar o Programa Brasil Maior, Dilma defendeu o mercado interno e a indústria nacional. “É preciso proteger nossa economia, nossa força produtiva, nosso mercado consumidor e o emprego”, afirmou. “É preciso defender nossa indústria e nosso emprego de uma guerra cambial que tenta reduzir nosso mercado interno, construído com esforço e dedicação”.

A presidente salientou ainda que o governo está lançando o programa como estímulo à indústria. “É urgente discutir questões tributárias para o estímulo produtivo e emprego”, disse. “O nosso desafio é fazer esse trabalho sem recorrer ao protecionismo ilegal”. “Não recorremos a protecionismo que nos prejudica e criticamos.”

Dilma fez um balanço do cenário econômico e alertou para o fato de que o País não está imune às turbulências. “O Brasil tem capacidade para enfrentar a crise, mas não pode se declarar imune aos seus efeitos”. A presidente disse que o País tem 60% a mais de reservas em relação aos patamares de 2008, ano em que houve o recrudescimento da crise financeira internacional. “Assim como em 2008, o momento atual exige coragem e ousadia”, repetiu.

A presidente fez referência à situação dos Estados Unidos. “Tudo indica que o Congresso americano aprove hoje um pacote de medidas que amplia a capacidade de endividamento dos EUA. Isso evitaria o pior, mas o mundo viverá um período de tensão”. Ela ressaltou, no entanto, que a insegurança no mercado internacional continua.

“O mundo vive problemas de insensatez e supremacia de ambições regionais ou corporativas”, disse. “Há um excesso de liquidez de países ricos em relação a países em desenvolvimento, que gera desequilíbrio cambial. E a instabilidade lá fora vai continuar”, opinou. “O Brasil tem condições de enfrentar uma crise prolongada”, concluiu.

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