Sem ter falado com o atual presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, Dilma Rousseff escolheu ontem para o comando da instituição o economista Alexandre Tombini, hoje diretor de Normas e Sistema Financeiro. Além disso, a presidente eleita decidiu nomear Miriam Belchior, coordenadora do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como ministra do Planejamento.

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Dilma anunciará hoje os três primeiros nomes da equipe econômica: além de Tombini e Miriam, que substituirá Paulo Bernardo, ela confirmará oficialmente a permanência de Guido Mantega na Fazenda. A presidente eleita decidiu fazer o anúncio agora porque vai viajar e não quer criar incertezas no mercado financeiro. Ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma participará amanhã, em Georgetown (Guiana), da cúpula da Unasul (União de Nações Sul-Americanas).

Subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Miriam irá para o Planejamento levando na bagagem os principais projetos da área de infraestrutura, como o PAC e o Minha Casa, Minha Vida. Na prática, ela assumirá uma pasta turbinada, que cuidará de programas antes abrigados sob o guarda-chuva da Casa Civil.

Por achar que a Casa Civil estava “inchada”, Dilma resolveu transferir a gerência dos programas sociais para o Planejamento, na tentativa de dar mais eficiência à gestão. Na dança das cadeiras, Bernardo deverá ocupar a Casa Civil, com um formato mais enxuto, e o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, a Secretaria-Geral da Presidência, que terá novo desenho e cuidará da relação com Estados e municípios.

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