A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje que a tendência é de que a Eletrobrás tenha uma participação de 49% na usina hidrelétrica de Belo Monte, que será construída no Rio Xingu, no Pará. “Eles ainda estão decidindo quais vão ser as condições, mas a tendência é de 49% (de participação). O que não se sabe é como”, afirmou, após participar de sua última reunião como presidente do conselho de administração da Petrobras.
Ao ser questionada sobre a avaliação de alguns acionistas da Eletrobrás, que estariam preocupados com o baixo retorno da usina de Belo Monte, Dilma respondeu: “Acho que a hidrelétrica é investimento da velhinha japonesa, aquele investimento constante, garantido por 190 milhões de brasileiros, que é (o grupo) quem compra esta energia”.
Dilma disse que é uma surpresa a avaliação de alguns analistas que concluíram que Belo Monte terá um retorno baixo para os investidores. “Não tem risco de demanda. Nunca hidrelétrica foi investimento arriscado no Brasil”, rebateu. Segundo ela, o governo busca um maior número de consórcios para participar do leilão da hidrelétrica, previsto para dia 20 de abril.
O Diário Oficial de hoje trouxe o aviso de edital do leilão para a contratação da energia elétrica gerada pela Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte. Também foram publicadas a Portaria 98, do Ministério de Minas e Energia, que define em 20 de abril a data do leilão que será realizado em Brasília por meio de sistema eletrônico, e a resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que aprovou o edital de Belo Monte.
