A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira, 4, em discurso no lançamento do Plano Safra 2013/2014, que se todos os recursos disponíveis forem gastos, haverá aporte de mais dinheiro para financiamento da produção. “São R$ 136 bilhões. Em todos os planos desde 2011 venho dizendo que, se os recursos forem gastos em todas as áreas previstas, não faltará recursos. Vamos complementar. Não olhamos a agricultura como problema, mas solução. Por isso, gastem e terão mais”, afirmou. Ela disse ainda que o Brasil tem hoje uma das agriculturas mais produtivas, eficientes e competitivas do mundo.

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Segundo a presidente, o foco no médio produtor é algo essencial e que os juros do plano agrícola vão permitir maior acesso desse produtor aos recursos disponibilizados pelo governo para financiar a safra.

Dilma anunciou ainda que na quinta-feira, 6, será lançado o Plano Safra da Agricultura Familiar e acrescentou que, a partir do plano de safra atual, os ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário irão atuar integrados. Ela citou como exemplo a Agência Nacional de Assistência Técnica (Anater), que será vinculada à Embrapa, mas atenderá aos dois ministérios.

Com relação ao Plano Safra do Semiárido, que será lançado na próxima semana no Nordeste, haverá quatro pontos principais. O governo vai suspender a excussão de dívidas contratadas junto ao Banco do Nordeste (BNB) e demais instituições financeiras, até dezembro de 2014. Também irá conceder desconto de até 85% para liquidação das operações de crédito rural contratadas até 2006 com valor de até R$ 35 mil por mutuário com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) ou do Orçamento Geral da União.

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Também irá lançar uma linha para composição de dívidas contratadas até 2006 cujo valor original era de até R$ 20 mil em até dez anos com recursos do FNE. A quarta medida será renegociar operações contratadas a partir de 2007 e que estavam inadimplentes em dezembro de 2011, para pagamento em até dez anos, com três anos de carência.

PPP

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A presidente Dilma Rousseff disse ainda que a modernização dos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) será feita por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs). “Armazenagem é crucial. Temos condições de ter uma política agrícola com capacidade de armazenamento. Temos um setor privado dinâmico interessado na expansão do agronegócio e, de outro lado, temos os recursos que o Estado brasileiro tem condições de oferecer”, afirmou. “Estão dadas as condições para que o setor privado se junte ao público e construa armazéns.”