Dificuldades na produção de uva

Os principais problemas enfrentados pelo produtores de uva paranaenses foram debatidos durante três eventos técnicos, realizados no final de semana, durante a Festa do Início de Colheita da Uva Fina de Mesa do Paraná, no município de Bandeirantes, Norte do Estado. Para os 200 participantes reunidos dias 28 e 29 de novembro, o calote na comercialização e o dano dos herbicidas às videiras são assuntos fundamentais que merecem atenção das autoridades e lideranças para assegurar esse setor, considerado importante em função da oferta de empregos e oportunidades de renda no campo.

Segundo a Carta de Bandeirantes, o calote praticado por compradores de uva ainda persiste, embora de forma reduzida em função de ações desenvolvidas há dois anos pela Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento e Emater, em conjunto com a Faep – Federação da Agricultura do Paraná, e dos cuidados dos viticultores na seleção dos compradores. A sugestão para enfrentar este problema é a comprovação da origem da dívida pela emissão da nota cheia do produtor rural e o respectivo recebimento da contranota da empresa comprador, que comprova a entrega como também garante benefícios sociais do governo federal pelo Funrural. Os participantes querem uma atuação mais rigorosa do Conselho Regional de Arquitetura e Engenharia (CREA) a respeito do uso do 2.4.D e demais herbicidas, utilizados nas culturas de grãos, que afetam diretamente a produção vitícola, já que existe a exigência do receituário agronômico. Eles querem também uma ação conjunta das entidades produtoras, oficiais e privadas junto à classe política numa legislação mais eficaz.

As responsabilidades dos produtores também foram debatidas. Foi levado em conta que a categoria necessita manter o padrão tecnológico de qualidade, organizar a produção e o produtor e atuar na abertura de mercados potenciais. Eles ressaltaram que o consumidor deve receber a uva madura, limpa de resíduos de agrotóxicos, bem classificada, com preço justo e com certificação de origem.

A pauta das discussões dos problemas e possíveis encaminhamentos foi estruturada na reunião de sexta-feira, dia 28, com a participação de representantes das associações de produtores de uvas de Marialva, Rosário do Ivaí, Japira, Uraí, Assaí e Bandeirantes, além das entidades convidadas Faep, Ampef, Cofrumar, Integrada, Sonae, Falm, Unipar e sindicatos rurais. Contou ainda com a presença das entidades promotoras Governo do Paraná, através da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e suas vinculadas Emater-Paraná, Codapar e Ceasa, com apoio do Programa Paraná 12 Meses e Prefeitura Municipal.

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