Diferença de preço de remédios chega a 1.400% em SP

A diferença de preços de um mesmo remédio vendido na cidade de São Paulo pode variar até 1.415%. É o que mostra pesquisa divulgada hoje pela Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-SP), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde. No total, o levantamento apurou as disparidades no valor de 103 medicamentos – 62 deles de referência e 41 genéricos – em 15 farmácias distribuídas pelas cinco regiões da capital paulista (norte, sul, leste, oeste e centro).

A maior diferença de preços foi observada na caixa de 25 comprimidos do anticonvulsivo Hidantal (fenitoína). O produto, que é vendido por R$ 6,06 numa drogaria da zona sul, é encontrado por R$ 0,40 no centro da capital, uma variação de 1.415%. Outro produto com grande variação de preços em diferentes estabelecimentos farmacêuticos da cidade é o anti-inflamatório Voltaren (diclofenaco sódico), vendido em caixa com 20 comprimidos.

O medicamento é comercializado por R$ 20,12 no estabelecimento na região oeste da cidade, enquanto o mesmo artigo pode ser comprado por R$ 1,89 numa drogaria no centro, uma diferença que chega a 964,55%.

Variação semelhante foi observada na oferta do analgésico Tylenol (paracetamol), usado para aliviar dores e reduzir febres. O frasco com 15 ml do produto referência é vendido por R$ 14,59 em drogarias das zonas norte e sul do município. O mesmo medicamento, só que genérico, pode ser encontrado por R$ 1,49 em estabelecimento no centro da cidade, uma variação de 879,19%.

A Fundação Procon-SP informa que o resultado do levantamento mostram ao consumidor que a pesquisa de preços é fundamental antes da compra de medicamentos. A entidade aconselha aos consumidores ficarem atentos aos descontos especiais e promoções. “Os valores dos produtos podem ter variações consideráveis de um estabelecimento para outro”, avisa. A pesquisa conclui ainda que os preços dos genéricos são, na maioria dos casos, menores que os dos produtos de referência.

“Na comparação entre preços de medicamentos de referência e genéricos, observa-se que a diferença pode ser exorbitante. Por serem produzidos por diversos laboratórios, os medicamentos genéricos são, em geral, mais baratos”, informa.

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