O presidente do Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, disse hoje que a entrada do diesel S-50 (com menor teor de enxofre) deverá impactar em alguns centavos o preço geral do diesel no País. Sem querer dar uma previsão mais precisa sobre o valor deste impacto, ele avaliou que os custos com a logística de distribuição do combustível poderá gerar este aumento, especialmente a partir de 2012, quando este tipo de combustível chegará às frotas de caminhões.
Desde janeiro deste ano, o diesel S-50, que significa que o produto tem 50 partes por milhão (ppm) de enxofre em sua fórmula, está abastecendo a frota urbana de ônibus das capitais e regiões metropolitanas. O produto substitui o diesel S-500 (500 partes por milhão de enxofre) a partir de decisão do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) de 2007. A substituição está sendo feito de acordo com um cronograma estabelecido entre o Conama, Petrobras e Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A partir de 2013 haverá ainda uma nova redução, para o S-10 (10 partes de enxofre por milhão).
“Hoje nós temos este diesel, vendido para as empresas de ônibus nas principais cidades do Brasil. Em janeiro de 2012 teremos nos postos, distribuído de forma racional em todo o País”, explicou Vaz. Segundo ele, não daria para ter o diesel S-50 em todos os postos, portanto haverá uma colocação do combustível apenas em pontos estratégicos. “Nós vamos ter uma quantidade muito pequena para ser introduzida e isso gera um custo logístico de administração comercial”, disse.
O presidente do Sindicato também comentou que para este ano a previsão é de que a venda de diesel acompanhe o crescimento do PIB, e que o consumo de etanol siga no mesmo ritmo da renda do consumidor.