O valor da cesta básica caiu em agosto em todas as 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), repetindo o comportamento observado em julho. De acordo com a Pesquisa Mensal da Cesta Básica de Alimentos, as maiores quedas foram registradas em Manaus (-7,69%), Aracaju (-3,84%) e Fortaleza (-2,96%). O menor recuo foi observado em Vitória (-0,48%).
Florianópolis foi a cidade onde se apurou o maior valor para a cesta básica (R$ 340,62). O segundo maior preço foi observado em São Paulo (R$ 337,80), seguida por Vitória (R$ 329,13). Os menores valores médios da cesta foram verificados em Aracaju (R$ 230,52), Salvador (R$ 266,34) e João Pessoa (R$ 268,87).
No acumulado dos primeiros oito meses de 2014, 13 capitais apresentaram alta no valor da cesta básica. As maiores elevações ocorreram em Florianópolis (6,67%), Aracaju (6,34%) e Recife (5,93%). As principais reduções foram verificadas em Campo Grande (-4,29%), Belo Horizonte (-2,80%) e Manaus (-1,95%). Em 12 meses, 15 cidades tiveram alta – Manaus, Aracaju e Campo Grande foram na contramão.
Em agosto, os recuos dos preços da cesta básica foram influenciados principalmente pelas quedas de óleo de soja, batata, feijão, tomate e farinha de mandioca nas regiões Norte e Nordeste. Por outro lado, carne (produto de maior peso na cesta) e leite começaram a mostrar elevação na maior parte das cidades pesquisadas. “A baixa oferta tem pressionado o preço da carne no atacado e o valor no varejo já começa a indicar tendência de alta, principalmente porque a carne inicia o período de entressafra”, diz o relatório do Dieese.
Salário mínimo
Com base no custo apurado para a cesta mais cara, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima que o valor do salário mínimo em agosto deveria ser de R$ 2.861,55, ou seja, 3,95 vezes o mínimo em vigor, de R$ 724,00. Em julho, o mínimo necessário era maior, equivalendo a R$ 2.915,07, ou 4,03 vezes o piso vigente. Em agosto de 2013, ficava em R$ 2.685,47, ou 3,96 vezes o mínimo da época.