O salário mínimo do trabalhador do País deveria ter sido de R$ 2.157,88 em maio para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família, conforme estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais do Brasil.

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Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 256,86, em Porto Alegre, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 4,23 vezes maior que o piso vigente no Brasil, de R$ 510.

Em relação a abril, o salário mínimo necessário para o trabalhador diminuiu em quase R$ 100,00, já que no mês passado seu valor era calculado em R$ 2.257,52. Em maio de 2009, o mínimo necessário ficava em R$ 2.045,06, ou seja, 4,40 vezes o mínimo de então (de R$ 465,00).

O Dieese também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em maio de 2010, o conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação com o mês anterior. Na média das 17 cidades pesquisadas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 97 horas e 39 minutos para realizar a mesma compra que, em abril, exigia a execução de 98 horas e 44 minutos. Em maio de 2009, a mesma compra também necessitava a realização de uma jornada maior, de 98 horas e 35 minutos.

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Ranking de preços

A cidade de Porto Alegre manteve, em maio, pelo 20º mês consecutivo, o posto de capital brasileira com a cesta básica mais cara do Brasil. De acordo com levantamento nacional realizado em 17 capitais pelo Dieese, a capital gaúcha liderou o ranking, mesmo depois de a cesta apresentar um expressivo recuo de 4,41% ante abril.

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No mês passado, o preço da cesta em Porto Alegre atingiu R$ 256,86. O valor ficou pouco acima do preço observado na segunda capital mais cara, São Paulo, onde o conjunto de produtos alimentícios essenciais custou, em média, R$ 256,31.

A terceira capital com preço mais elevado, de R$ 249,39, foi Manaus, seguida de perto pelo valor médio das cestas de Vitória (R$ 242,85), Belo Horizonte (R$ 240,47) e Rio de Janeiro (R$ 240,36). Os menores custos em maio foram apurados em Fortaleza (R$ 185,73) e Aracaju (R$ 187,10).