O pagamento do 13º salário aos trabalhadores do mercado formal deve injetar R$ 64 bilhões na economia brasileira. A estimativa foi apresentada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O volume deve representar em torno de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas pelo País.
De acordo com o Dieese, 63,8 milhões de brasileiros devem ser beneficiados. Para chegar a esses números, os técnicos utilizaram dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho. Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2006, e informações do Ministério da Previdência e do Tesouro Nacional. Foram considerados, ainda, os beneficiários – aposentados e pensionistas – que, em setembro de 2007, recebiam seus proventos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e os aposentados e pensionistas da União e dos Estados do ano de 2006.
Ao detalhar os números, os técnicos do Dieese explicaram que, dos 63,8 milhões de brasileiros beneficiados, aproximadamente 25 milhões, ou 39% do total, são beneficiários da Previdência Social. Os empregados formais (35,8 milhões de pessoas) são contribuintes da Previdência e correspondem a 56% do total. Os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada totalizam quase 2 milhões, equivalendo a 3% desse conjunto de beneficiários. Aproximadamente 1 milhão de pessoas (1,5% do total) referem-se a aposentados e instituidores de pensão da União, que possui regime próprio.
Em relação a valores, o Dieese calcula que 21,3% dos R$ 64 bilhões – aproximadamente R$ 13,6 bilhões – serão pagos a beneficiários do INSS; R$ 43,2 bilhões, ou 67,5% do total, irão para os empregados com carteira assinada; a empregados domésticos serão destinados cerca de R$ 966 milhões, o que representa 1,5% do total.