O salário mínimo ideal hoje para a manutenção de um trabalhador e de sua família deveria ser de R$ 1.121,53. Este piso eqüivaleria hoje a 5,6 vezes o valor do mínimo vigente no País, de R$ 200,00. Com o salário estimado pelo Dieese, o trabalhador supriria todas as suas despesas com alimentação, saúde, transporte, moradia, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência. Os cálculos do salário mínimo estimado pelo Dieese levam em conta o valor da cesta básica de Porto Alegre (R$ 133,50 ), o maior entre as 16 capitais nas quais o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica.
O preço da cesta básica subiu em maio em três capitais brasileiras, de acordo com levantamento realizado pelo Dieese em 16 regiões metropolitanas. Os aumentos foram registrados em Natal (2,93%), Belém (2,78%) e João Pessoa (1,64%). Nas outras capitais, a cesta apresentou queda, sendo que a mais forte foi em Salvador (-3,65%).
A cidade com a cesta básica mais cara continua sendo Porto Alegre (RS), onde ela custou em maio R$ 133,50. Em seguida vêm São Paulo (R$ 129,26), Rio de Janeiro (R$ 125,55) e Curitiba (R$ 124,53). As cestas mais baratas são de Salvador (R$ 99,33), Recife (R$ 101,95), João Pessoa (R$ 104,02) e Fortaleza (R$ 104,12).
Desde o começo do ano, a cesta básica acumula variação negativa em seis capitais, enquanto nas demais está em alta. As elevações mais expressivas ocorreram em Natal (13,20%), Belém (7,72%) e João Pessoa (5,84%). As quedas mais fortes foram registradas em Brasília (-6,03%), Curitiba (-4,70%) e Florianópolis (-4,45%).