A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu para 10,1% em dezembro, ante uma variação de 10,7% em novembro, informou hoje a Fundação Seade e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A população economicamente ativa (PEA) atingiu, no último mês do ano passado, 10,7 milhões de pessoas.
O índice de desemprego em dezembro reflete a redução da taxa de desemprego aberta – de pessoas que procuraram trabalho de maneira efetiva nos últimos 30 dias anteriores ao da pesquisa e que não exerceram nenhum trabalho nos últimos sete dias -, de 8,1% para 7,4%. O índice reflete também estabilidade da taxa de desemprego oculto – de pessoas que realizam algum trabalho remunerado eventual de alta ocupação, ou seja, sem qualquer perspectiva de continuidade e previsibilidade, ou realizam trabalho não remunerado em ajuda de negócios de parentes, mas que procuraram mudar de trabalho nos 30 dias anteriores da pesquisa. O desemprego oculto passou de 2,6% para 2,7%.
De acordo com a PED, em dezembro o contingente de desempregados foi estimado 1,088 milhão de pessoas, 62 mil a menos que em novembro. Foram criados 91 mil ocupações, número superior ao de pessoas que passaram a fazer parte do mercado de trabalho regional, de 29 mil trabalhadores.
Entre outubro e novembro do ano passado, os rendimentos médios reais (descontada a inflação) dos ocupados caíram 0,9% e os dos assalariados recuaram 1,1%. Em valores, os rendimentos médios dos ocupados passaram a equivaler a R$ 1.526. Já os rendimentos médios dos assalariados somaram R$ 1.531. A massa de rendimento dos ocupados decresceu 0,8% de outubro para novembro, devido à redução do rendimento médio. No caso dos assalariados, houve alta de 0,5% no período, resultado da elevação do nível de emprego, que mais que compensou a redução do salário médio.
Acumulado de 2010
A taxa de desemprego em 2010, na região metropolitana de São Paulo, caiu para 11,9%, ante os 13,8% registrados em 2009. Com isso, o desemprego anual retomou sua trajetória de declínio iniciada em 2004 e interrompida em 2009. De acordo com o Dieese, essa é a menor taxa de desemprego anual desde 1992. Em 2010, reduziram-se as taxas de desemprego aberto, de 9,9% para 8,8%, e oculto, de 3,9% para 3,1%.
Os rendimentos médios reais dos ocupados em 2010 cresceu 5% e a dos assalariados 2,7%, passando a equivaler a R$ 1.422 e R$ 1.451, respectivamente. Em 2010, também subiram os rendimentos dos empregadores (10,7%), dos autônomos (6,3%) e dos empregados domésticos (5,7%).
A massa de rendimentos reais dos ocupados cresceu 8,8% e retomou a trajetória de crescimento iniciada em 2004 e interrompida no ano passado. Isso foi resultado do nível de ocupação e, fato até agora inédito na década, do rendimento médio. A massa salarial cresceu 8,8%, principalmente devido à elevação do nível de emprego e, em menor proporção, do salário médio.