Dieese: custo de vida em São Paulo sobe 0,23% em maio

O Índice do Custo de Vida (ICV) subiu 0,23% em maio na capital paulista, ante alta de 0,31% em abril, informou hoje o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Até o mês passado, o índice acumula alta de 1,66% nos primeiros cinco meses deste ano e alta de 5,12% nos últimos 12 meses.

Em maio, dois grupos pressionaram a inflação paulistana para cima: Despesas Pessoais, com variação de 6,65%, e Habitação, com taxa de 0,45%. Juntas, as altas destes dois grupos representaram 0,35 ponto porcentual de toda a inflação apurada em São Paulo no mês passado. Em contrapartida, dois outros grupos aliviaram o ICV em 0,15 ponto porcentual, trazendo o resultado para uma taxa menor: Alimentação, com uma baixa de 0,34%, e Transporte, com declínio de 0,33%.

De acordo com o Dieese, o avanço do grupo Despesas Pessoais foi motivado pelo comportamento do subgrupo Fumo e Acessórios (15,91%), ainda em consequência do aumento no preço do cigarro (16,24%), depois das alterações nas alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre este produto. Na Habitação, as taxas de seus subgrupos foram distintas: Locação, Impostos e Condomínio (0,17%), Operação do Domicílio (0,84%) e Conservação (-0,49%). O aumento no grupo como um todo foi motivado, principalmente, pelo item Serviços Domésticos (3,89%), refletindo, de certa forma, o reajuste ocorrido no salário mínimo ainda em fevereiro.

Segundo o instituto, a deflação de preços nos Alimentos foi gerada basicamente pelo comportamento do subgrupo dos Produtos In Natura e Semielaborados, que recuou 1,42% em maio. Os demais subgrupos apresentaram taxas pequenas, porém positivas: Indústria da Alimentação (0,5%) e Alimentação Fora do Domicílio (0,48%).

Em Transporte, a taxa negativa foi resultado da queda de preço ocorrida no subgrupo Transporte Individual (-0,46%). De acordo com o Dieese, os combustíveis, com declínio de 0,8%, foram os grandes responsáveis por este movimento, com destaque para o recuo do álcool, de 3,52%.

Quanto aos demais grupos pesquisados pelo Dieese, foram observadas altas em Recreação (0,41%), Saúde (0,27%), Educação e Leitura (0,16%); e Despesas Diversas (0,14%). Os grupos Equipamento Doméstico e Vestuário apresentaram baixas de 0,70% e de 0,17%, respectivamente.

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